Call me by your name - filme e livro




 No final de 2017, ouvi falar desse filme, que estava causando um burburinho nos festivais de cinema estrangeiros e sendo aclamado por muitas pessoas. Foi lançado aqui no Brasil só no final de janeiro de 2018, tempo suficiente (desde quando fiquei sabendo dele) para eu ficar curiosa (como sempre) e ir pesquisar sobre. O que, ou melhor, quem chamou minha atenção foi o ator Timothée Chalamet (meus amigos já estão quase colocando algodão no ouvido de tanto que falo dele), que na época estava ganhando vários prêmios do cinema independente na categoria melhor ator, e inclusive, chegou a ser indicado pro Oscar daquele ano por sua atuação em "Call me by your name". Dizer que minhas expectativas estavam altas talvez seja um eufemismo (rs). Porém tudo, realmente tudo sobre o filme me encantou. Amei a trilha sonora com músicas do Sufjan Stevens (aliás escutem ele), a direção do Luca Guadagnino, as atuações, o cenário escolhido, a fotografia...



Essa sequência de cenas perto da cachoeira dão uma atmosfera ainda mais mágica e vívida pro filme, que consegue ser "simples" e especial. 




 O monólogo do Mr. Perlman (Michael Stuhlbarg) nos minutos finais é maravilhoso e, se eu não achasse que ele merece ser apreciado com o conjunto do filme, falaria para todo mundo dele.


(Vou ir parando por aqui porque já conseguimos concluir que realmente adorei muito kkkkkkkk. Agora o livro.)
  




Sinopse

A casa onde Elio passa os verões é um verdadeiro paraíso na costa italiana, parada certa de amigos, vizinhos, artistas e intelectuais de todos os lugares. Filho de um importante professor universitário, o jovem está bastante acostumado à rotina de, a cada verão, hospedar por seis semanas na villa da família um novo escritor que, em troca da boa acolhida, ajuda seu pai com correspondências e papeladas. Uma cobiçada residência literária que já atraiu muitos nomes, mas nenhum deles como Oliver.
Elio imediatamente, e sem perceber, se encanta pelo americano de vinte e quatro anos, espontâneo e atraente, que aproveita a temporada para trabalhar em seu manuscrito sobre Heráclito e, sobretudo, desfrutar do verão mediterrâneo. Da antipatia impaciente que parece atravessar o convívio inicial dos dois surge uma paixão que só aumenta à medida que o instável e desconhecido terreno que os separa vai sendo vencido. Uma experiência inesquecível, que os marcará para o resto da vida.
Com rara sensibilidade, André Aciman constrói uma viva e sincera elegia à paixão, em um romance no qual se reconhecem as mais delicadas e brutais emoções da juventude. Uma narrativa magnética, inquieta e profundamente tocante


Já li diversos livros e vi várias adaptações. Posso dizer que o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado que James Ivory recebeu foi merecido. Comprei o livro de Aciman no mesmo final de semana que assisti "Call me by your name" pela primeira vez e terminei em um dia (leio rápido quando quero). Com essa história não consigo decidir de qual eu gostei mais, do filme ou do livro, porque acho que, nesse caso, ler e ver a trajetória do Elio e do Oliver é uma experiência que fica melhor com ambas as versões. Lendo consegui ter uma perspectiva maior sobre os sentimentos e pensamentos do Elio que, no filme, obviamente, não conseguem ser expressados da mesma forma, mas conseguem ser balanceados com a beleza das cenas. Tiveram algumas mudanças e elas ficam mais notáveis no final. Porém, acho que foram justamente essas mudanças que fizeram o filme de Guadagnino ficar ainda melhor.
 Um detalhe é que, tanto no livro (no livro é mais evidente) quanto no filme, em nenhum momento o relacionamento ou a sexualidade de ambos os personagens principais são colocados em uma caixa com rótulo. Na verdade, uma das minhas partes favoritas da história é, justamente, a ausência de julgamentos ou denominação da orientação sexual do Elio e do Oliver, pois o que Aciman (assim como Tabitha Suzuma com Forbidden) quis passar é que, o amor e a paixão deveriam ser normais para todas as pessoas e não deveriam precisar ser explicados (só estarem ou não lá). Apesar de uma parte da sociedade ainda achar o contrário, se esse amor e essa paixão não se encaixarem no "padrão" e no "certo".


Ps.: (mini curiosidade) o Timothée vai estar na adaptação de Dune, e já li o livro então talvez eu ainda fale sobre aqui







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