Crescent City - Sarah J. Maas

 

Rapidinho: quem estiver lendo esse post, tiver lido Crescent City e quiser entender melhor minha opinião, vou deixar números em certas partes e, no final do post, é só procurar os números correspondentes para uma explicação mais clara. Quem estiver lendo isso e não leu o livro, NÃO leia o que tiver escrito no >> final << do post para não receber spoilers (podem ler o resto do post a vontade que dei meu máximo para não entregar a trama).


Vou começar dizendo que não li a sinopse desse livro antes de comprá-lo, porque tenho pavor de spoilers, e já percebi há um tempo que muitas sinopses dão informações até demais do livro (ou às vezes nem isso, mas meu lado que inventa teorias e mais teorias não pode ver um A).

Enfim, já li Acotar e Tog, para quem não faz ideia do que isso significa, a trilogia Corte de Espinhos e Rosas (= a court of thorns and roses) e a série Trono de Vidro (= throne of glass), respectivamente, e amo muito essas histórias. Adoro o modo como a Sarah escreve, os universos e personagens que ela cria. Por isso, nem cogitei não comprar Crescent City, e também nem me importei de comprar o livro sem saber sua premissa.

Li a sinopse assim que acabei o livro e ... é. Não acho que a narrativa teria me prendido tanto no começo se eu soubesse da sinopse. Basicamente, as primeiras 100 páginas já estão resumidas ali.

(como sempre vou colocar a sinopse, mas assim, leiam por sua conta e risco kkkkk)


Sinopse

Bryce Quinlan tinha a vida perfeita - trabalhava duro o dia todo e festejava noite adentro -, até que um demônio assassina alguns de seus melhores amigos, deixando-a destruída e mudando sua vida para sempre. Sem entender como sobreviveu ao ataque da besta, a semifeérica tenta superar a perda, com o consolo de que o culpado por conjurar o demônio está atrás das grades. Mas quando os crimes recomeçam, dois anos depois e com as mesmas características, Bryce se vê no meio de uma investigação que pode ajudá-la a vingar a morte dos amigos.
Hunt Athalar é um notório anjo caído, agora escravizado pelos arcanjos que um dia tentou derrubar. Suas habilidades brutais e força incrível foram definidas para alcançar um único objetivo: assassinar – sem perguntas – os inimigos do seu chefe. Mas com um demônio causando estragos na cidade, ele ofereceu um acordo irresistível: ajudar Bryce a encontrar o assassino, e sua liberdade estará ao seu alcance.
Enquanto Bryce e Hunt se aprofundam nas entranhas da Cidade da Lua Crescente, eles descobrem um poder sombrio que ameaça tudo e todos que amam, e encontram um no outro uma paixão ardente – que teria o poder de libertar os dois, se eles apenas a aceitassem.
Com personagens inesquecíveis, romance ardente e um suspense eletrizante a cada virar de página, Casa de terra e sangue é o primeiro volume de Cidade da Lua Crescente, a nova série de fantasia da autora best-seller nº 1 do New York Times, Sarah J. Maas. Com mais de 1 milhão de exemplares vendidos em todo o mundo, Sarah é um fenômeno. Vencedora de três prêmios literários em anos consecutivos, a autora possui uma legião de fãs apaixonados. Agora, estreia brilhantemente no universo da ficção new adult.


Não vejo absolutamente nenhum problema em ler livros enormes. Para mim, não faz a menor diferença se um livro é minúsculo ou não. Eu só pego e leio. Até adoro, na verdade, ler livros como esse, que chega a ter quase 900 páginas. Juro, li ele em quatro dias (e isso me segurando para não terminar mais rápido). No entanto, ao mesmo tempo, entendo que algumas pessoas não estejam tão inclinadas a achar legal ter que ler esse número de páginas.

Tentei, ao máximo, evitar comparações dos personagens de Tog e Acotar, e suas tramas no geral, com Crescent City. Porém, algumas coisas, sinceramente, pareciam semelhantes, o modus operandi da Sarah com suas histórias (não quero desmerecer o trabalho dela, muito pelo contrário, admiro muito ele, porém não posso negar, mesmo sendo fã, mesmo achando incrível, que também parecia que a história tomava um rumo um pouco familiar demais).

No início, não consegui comprar muito a Bryce e nem a Danika, nem a amizade delas (sendo sincera, mesmo depois de todo o livro, acho que faltou um pouco mais de história nisso e menos "somos bffs"). Elas acabaram me ganhando no desenrolar da narrativa e estou curiosa para ver o rumo que a Sarah vai dar para os próximos livros.

Os personagens (e lá vou eu evitar mencionar Tog e Acotar) são cativantes (minha opinião okay). Mas sim, as certas similaridades com os outros trabalhos da autora estão lá.

Acho que um aspecto que me incomodou um pouco foi que, apesar de ter gostado bastante dos personagens, não consegui me conectar muito com eles. No sentindo de me sentir meio afastada dos acontecimentos, do passado deles e do que eles estavam passando pôr (não acho que a autora tenha pecado na construção deles exatamente, mas acho que faltou sim um aprofundamento maior). Mas sério, mesmo assim eu adorei eles (bookstans mais críticos que me cancelem).

Uma coisa que posso dizer é que, apesar de eu achar que a Sarah usou uma fórmula, comparando com suas histórias anteriores, não posso dizer que ela é previsível com essa trama¹ (ou talvez eu que estava cega demais e quem leu discorde e esteja me chamando mentalmente de burra, por não ter visto o óbvio, vai saber qual dos dois kkkkk).

Adorei o toque de humor que houve nessa história (quando o Syrinx fez aquilo lá² com o Hunt eu ri muito gente), gostei que houveram umas cenas ?? por causa disso. Outra coisa, o outro ponto de vista além do da Bryce³, também deu um quê diferente (considerando que esse é o primeiro volume dessa série e a autora em suas obras, normalmente, explora outros pontos de vista nos livros posteriores e quase nada no primeiro).

Tem uma cena que eu simplesmente amei, e sim (para quem já leu), é aquela que acontece na galeria da Jesiba lá pelo final do livro.

Em relação a classificação "série para adultos"... A linguagem é bem mais, digamos, direta kkkkk. Teve uns momentos que fiquei "isso parece mais teen do que para adultos" confesso (e nossa, a Sarah é mestre em enrolar quando quer).

Os pontos mais negativos...

Um tal encontro que rolou num barco (com a Rainha Víbora presente) e o desenrolar das coisas que houveram a partir dali... Olha, achei essa parte a menos Sarah J. Maas que já li. 

Sério, até me encolho mentalmente (a exagerada aqui kkkkkk) vendo o quão abrupto e sem explicações decentes aquilo foi. Entendo que não havia como o personagem ter pensado ou agido de forma que desse a entender que aquilo iria acontecer sem que nós, os leitores, soubéssemos (fora os detalhes sobre o passado de tal personagem). Mas peloamordedeus não. Não achei condizente com o que a autora tinha nos oferecido antes. E isso, para mim, não é nada comum para a Sarah (que constrói plots bem pensados que eu amo).

Outro ponto negativo, bem, o final. Não me entendam mal, eu estava ADORANDO os acontecimentos finais. A Bryce... Sem comentários. (Porém, a partir do negócio da bomba de enxofre: 🙄).

Eu sou de perdoar esses aspectos (tá, fiquei meio *cringe* neles e talvez não perdoe assim tão fácil) porque realmente adoro ler o que ela escreve. Vou comprar as continuações e espero não me decepcionar (que não seja um Artifícios das Trevas da vida por favor universo). 

Estava refletindo e, para mim, acho que para alguém gostar das histórias da autora e entender a experiência, tem que estar disposto a ler o todo. Acho que cada livro se completa em suas sagas (bem, Corte de de Gelo e Estrelas, achei meio desnecessário) e acho gratificante ver o os elementos se encaixando no final. Então, é. Esperando aqui para ver o restante dessa apesar de certos aspectos que mencionei.


P.s: esse post já estava grande demais então nem entrei na problemática da tradução dos livros da pré-venda (ainda estou irritada com isso) porque acho que diz mais respeito à editora Galera Record do que ao livro e à Sarah (apesar de eu concordar muito com as críticas para haver mais representatividade nos livros dela). O post talvez tenha saído um pouco fora do controle (não sei, me digam kkkkkk) então desculpas se ficou muita informação jogada.

P.s.2: forças e meus agradecimentos a quem leu até aqui rs. Só para não deixar de fora, acho que quem não gostou nem de ToG e nem de Acotar, não é muito provável que goste de Crescent City. Eu pessoalmente, como já escrevi, amo livros enormes, mas entendo e acho que a autora poderia ter dado uma diminuída no número de páginas desse (aquela investigação poderia ter sido menos enrolada). 



¹ isso em relação a Sabine (quando ela revela o que fez pela Danika), ao Micah (fdp), a localização do Chifre de Luna (eu fiquei desconfiada com a tatuagem mas gente kkkkk essa eu não vi chegando), a Rainha Hypaxia (chutei errado 🤦 achei que a medbruxa fosse alguém importante, mas não ela), o segredo que a Bryce esconde (tá, okay, nisso confesso que dormi e não seja tão surpreendente assim), ao Aidas (ele no epílogo, sou comprada muito facilmente aff, fiquei curiosa, será que um outro fav vem aí?)

² a mordida na bunda do Hunt 

³ o do Hunt, gostei que tivemos um insight maior sobre o personagem 

gente, se a Bryce não tivesse me ganhado antes, nessa sem chance, ela brilhou (não foi trocadilho, juro kkkkkk)

o que custava deixar rolar até o final entre o Hunt e a Bryce?

desculpa mas não, o Hunt estava pensando em se rebelar de novo, sério? ok que ele mudou de ideia depois, e não contou para Bryce sobre a Danika, aparentemente, ser uma drogada, para não machucar os sentimentos dela, mas... nope, essa eu não engoli.

eu ainda estava adorando quando a Bryce realiza a Descida e tudo, só que, deu tudo certo DEMAIS depois, achei que o romance entre a Bryce e o Hunt no final ficou meio ?? bom demais para ser verdade (e meio mal feito? não pensando no resto do livro, mas no final em si, meh)


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