Yuri Não Sabe O Que Está Sentindo - Guilherme Buiatti

Antes de tudo queria agradecer de novo o Gui pela oportunidade de ler esse livro antes do lançamento e por ele ser tão atencioso e compreensivo. 

Quem me conhece sabe que essa última semana da minha vida foi um caos e no momento estou escrevendo para esse post com antibiótico nas veias, graças a amigdalite, além de ter ponto na perna por causa da biópsia que tive que fazer. 

Mas tirando os pesares acabei conseguindo ler "Yuri Não Sabe O Que Está Sentindo", e que mistura de emoções esse livro me proporcionou.



Sinopse

"Yuri é um adolescente de dezessete anos que sonha com o amor. Em meio à indecisão sobre o que ser no futuro (é possível chamar de indecisão quando ele sequer tem opções para escolher?), a preocupação com a doença inesperada de alguém que ama e a possibilidade de viver um grande clichê romântico com o galã da turma, a única certeza de Yuri é que ele não sabe como está se sentindo. 

Se aventurando entre as emoções intensas e caóticas de um adolescente, Yuri Não Sabe O Que Está Sentindo é uma carta aberta aos primeiros desafios e indecisões de um típico garoto no último ano do ensino médio que ainda está à procura pelo seu lugar no mundo. Isso, claro, se existir um lugar para alguém que ainda não consegue compreender todos os sentimentos nublados que invadem sua cabeça — e seu coração."


Além de acompanhar o Yuri em toda essa confusão de sentimentos, também temos vislumbres dos pensamentos de Pietro, Carla e Ana, que no fundo acabam também não sabendo como se sentirem em relação a tudo. Consegui compreender muito bem essa montanha-russa em que os personagens estavam e acredito que muitos jovens entrando nessa fase adulta também são capazes de compreender. 

Esse não é o primeiro trabalho do autor que leio e em "Enquanto O Pássaro Não Canta" consegui me identificar bastante com todos os pensamentos do protagonista em meio a "quarentena" dele, que nessa outra história veio em forma de uma metáfora bem criativa. O Gui consegue trazer reflexões legais e mais intimistas com a escrita dele, algo que ele trouxe novamente nessa nova obra. 

Esse é um "coming of age" que me relembrou as emoções que tive lendo "Rádio Silêncio", ainda que estas histórias tenham chegado a mim em instantes diferentes, para Anas diferentes. 

Como escrevi logo no começo do post, esse livro me trouxe uma grande mistura: ri alto logo nas primeiras páginas com o ego do Pietro (a autoestima de milhões) ao mesmo tempo em que toda a situação com a mãe do Yuri atingiu um ponto muito específico e sensível da minha vida pessoal no momento. 

Sinceramente adorei essa leitura e fiquei ainda mais apegada por ter tido a oportunidade de interagir com outras pessoas super animadas e dedicadas a esta história. 


"— Não sei. Mas é inevitável, não é? Tipo, você só acorda num certo dia e tudo vira de cabeça para baixo e absolutamente todas as coisas se tornam inevitáveis. Chorar é inevitável. Xingar o universo ou seja lá quem estiver lá em cima é inevitável. Sentir... Ódio. Sentir ódio se torna inevitável. Então estou inevitavelmente preso nisso tudo — ele explica. 

Carla se levanta da sua poltrona e se senta ao lado dele.

— Estou tentando encontrar palavras não-clichês e irritantes do tipo "vai ficar tudo bem" para dizer a você — Carla sussurra, apoiando sua cabeça no ombro de Yuri."



p.s.: terminei de ver "moon knight" e, mesmo tendo várias séries que quero continuar/começar, ando meio órfã desse tipo de entretenimento nesses dias. mas, em compensação, ando conseguindo progredir em "the priory of the orange tree" e sigo gostando bastante do livro.



 

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